A técnica de frenagem por corrente contínua em motor se destaca entre os métodos de parada rápida para motores elétricos. Embora funcione bem em motores trifásicos, muitos profissionais se perguntam se também pode ser aplicada com sucesso em motores monofásicos. Neste post, você vai encontrar respostas claras, baseadas em testes práticos, além de orientações seguras para o seu dia a dia na elétrica.
A frenagem substitui a corrente alternada do motor por corrente contínua. Isso gera dois polos magnéticos fixos dentro do motor: um polo norte e um polo sul. Como não há variação no campo magnético, o rotor para quase que imediatamente.
Nos motores trifásicos, essa técnica já é consolidada. Você pode encontrá-la em elevadores, serras industriais, esteiras e outros sistemas onde a parada imediata evita acidentes ou aumenta a produtividade.
Definitivamente, não. Até o momento, nenhum fabricante recomenda a aplicação de corrente contínua em motores monofásicos. Além disso, faltam manuais técnicos, estudos de durabilidade e certificações que assegurem sua eficácia.
Diferente dos motores trifásicos, os motores monofásicos utilizam capacitores — que não foram feitos para suportar corrente contínua. Quando expostos a essa condição, os capacitores podem aquecer demais, perder eficiência rapidamente ou até explodir. Portanto, usar essa técnica em motores monofásicos coloca em risco a instalação e o profissional.
Primeiramente, um motor monofásico de 220V recebeu alimentação por meio de uma ponte retificadora, que converteu a corrente alternada em contínua. Em seguida, o sistema utilizou um transformador para reduzir a tensão para 24V, o que ajudou a proteger o enrolamento do motor.
O sistema de controle usou dois contatores: um acionava o motor normalmente e o outro injetava corrente contínua assim que o operador pressionava o botão de parada. Importante destacar que o botão de emergência não ativava a frenagem — uma escolha que garante mais segurança.
Ao apertar o botão de parada, o motor travou com eficiência. No entanto, os componentes aqueceram em poucos segundos. Ou seja, o experimento demonstrou que a técnica pode funcionar por breves instantes, mas traz riscos sérios se aplicada de forma contínua.
Antes de mais nada, você precisa entender que, mesmo funcionando em teste, essa abordagem não oferece confiabilidade fora do laboratório. Além disso, ela falha em três aspectos principais:
Os componentes não suportam a tensão contínua por tempo prolongado.
O calor gerado compromete o motor.
Faltam normas técnicas que regulamentem esse uso.
Como resultado, aplicar essa técnica sem respaldo técnico representa uma improvisação arriscada. Portanto, evitar seu uso é a decisão mais segura.
Você pode escolher métodos mais confiáveis, como:
Freios mecânicos acoplados ao eixo: muito usados em portões, tornos e portas automáticas.
Inversores de frequência com rampa de desaceleração: ideais para controlar parada e partida com suavidade.
Frenagem por contracorrente em sistemas projetados: outra opção que requer componentes compatíveis.
Cada uma dessas alternativas entrega resultados eficientes sem comprometer a segurança da instalação.
Sem dúvida, não. A frenagem por corrente contínua em motor monofásico pode até parecer promissora em testes rápidos. No entanto, a ausência de validação técnica, os riscos ao capacitor e o aquecimento excessivo tornam essa prática inadequada para uso profissional.
Se você deseja segurança, desempenho e durabilidade, escolha sempre soluções homologadas e reconhecidas pelo mercado. Testes de bancada são ótimos para aprender, mas profissionalismo se faz com responsabilidade.
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