Se você já olhou para um diagrama elétrico e se perguntou o que significam aquelas combinações de letras e números ao lado dos componentes, saiba que você não está sozinho. Essas marcações, conhecidas como TAGs, são a chave para interpretar diagramas elétricos de forma clara e eficiente. Elas não apenas identificam componentes, mas também organizam e estruturam o sistema como um todo. Neste artigo, vamos explorar a importância das TAGs e, através de três exemplos práticos, mostrar como você pode dominá-las. Então, vamos lá?
Segundo Everton Moraes, líder do movimento Desperta Leão, TAGs são um agrupamento de símbolos gráficos, símbolos literais e mapeamento de contatos, bobinas e outros componentes. Essas marcações são essenciais na leitura e interpretação de diagramas elétricos porque ajudam a identificar e localizar os dispositivos com precisão.
Em termos simples, as TAGs seguem uma lógica padronizada. Por exemplo, a combinação “K1” em um diagrama indica o primeiro contator (K) dentro de um determinado grupo. Ao adicionar números e subgrupos, como “2K1.1”, é possível especificar ainda mais o componente e sua função. Essa estrutura é especialmente útil em sistemas mais complexos, onde a organização é essencial para evitar confusões durante a manutenção ou análise do circuito.
Agora, imagine um diagrama com um conjunto de contatos de potência, onde uma TAG como “K1”, “K2” e “K3” identifica cada contator. Nesse caso, a letra “K” representa o componente (contator), enquanto o número sequencial indica a posição ou quantidade dentro do grupo. Esse tipo de nomenclatura é comum em projetos simples, como os utilizados em sala de aula, e facilita a identificação inicial dos componentes.
Embora pareça básico, é importante lembrar que mesmo TAGs simples seguem uma lógica. Elas permitem identificar rapidamente o elemento no diagrama, servindo como um ponto de partida para análises mais detalhadas.
Agora, vamos considerar um sistema mais complexo, como uma esteira com um forno. Aqui, dois motores trifásicos são empregados: um para a esteira e outro para abrir e fechar a porta do forno. Nesse caso, as TAGs são utilizadas para separar os componentes em subgrupos, como “1F1”, “1K1”, “1M1” para o motor da esteira e “2F1”, “2K1”, “2M1” para o motor da porta.
A separação por subgrupos facilita a manutenção, pois permite identificar rapidamente quais componentes pertencem a cada parte do sistema. Além disso, no comando, TAGs adicionais como “1H1” podem ser usadas para sinaleiros, enquanto “2K Auxiliar” identifica contatores auxiliares específicos.
No terceiro exemplo, Everton apresenta um caso onde a porta do forno precisa de um sistema de reversão para abrir e fechar. Aqui, as TAGs ganham um nível adicional de detalhamento, como “2K1.1” e “2K1.2”. Isso indica que os componentes pertencem ao grupo dois, mas possuem funções específicas dentro desse grupo, como primeiro e segundo contatores auxiliares.
Graças a esse detalhamento, a organização do diagrama se torna mais clara, evitando erros e aumentando a segurança operacional. Everton destaca que o projetista ou o software utilizado sempre definem a lógica das TAGs, nunca as atribuindo de forma aleatória.
As TAGs não apenas organizam o diagrama elétrico, mas também fornecem informações valiosas para a manutenção e operação dos sistemas. Elas são criadas com base em um estudo detalhado e intencional, garantindo que cada componente seja identificado de maneira única. Além disso, referências cruzadas dentro do diagrama ajudam a conectar diferentes partes do circuito, tornando todo o processo mais eficiente.
Everton conclui reforçando que a leitura de TAGs é uma habilidade essencial para quem deseja se destacar como um verdadeiro eletricista classe A. Ao dominar essa técnica, você aumenta sua precisão e confiança ao trabalhar com diagramas elétricos industriais, residenciais ou manuais técnicos.
Dominar a leitura de TAGs não é apenas uma habilidade técnica, mas também uma forma de transformar sua abordagem profissional. Afinal, essas marcações são a base para interpretar diagramas elétricos de forma eficiente, garantindo clareza nos projetos e facilitando a manutenção. Sendo assim, agora que você conhece a importância das TAGs e viu exemplos práticos de como aplicá-las, por que não dar o próximo passo?
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Everton Moraes
Professor, palestrante e instrutor de treinamentos a mais de 9 anos. Já passou por grandes empresas no Brasil como, Senai, Scania, Pirelli, Toledo entre outras. Todo o conhecimento adquirido em 20 anos de carreira é disponibilizado nos cursos e treinamentos.
“Sou apaixonado pela formação e qualificação de profissionais, passando todo o meu conhecimento prático e ajudando todos os meus alunos a também adquirirem esse conhecimento a se tornarem melhores profissionais.”
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