6 Dicas que ELETRICISTAS e amadores da ELÉTRICA devem conhecer

Você, profissional ou amador, já deve ter se deparado com uma dessas situações que serão listadas, tratam-se de problemas simples, que podem ser facilmente resolvidos (ou evitados) se seguir corretamente as dicas deste documento.

6 Dicas que ELETRICISTAS e amadores da ELÉTRICA devem conhecer

EBOOK 6 DICAS QUE ELETRICISTAS E AMADORES DA ELÉTRICA DEVEM CONHECER

DICA 1 – Não queime seu equipamento, tenha um multímetro e saiba como utilizá-lo

Não apenas profissionais da área elétrica se deparam com esse tipo de problema.

Você nunca se encontrou em uma situação do tipo.

“Será que essa tomada é 127V ou 220V? Ligo ou não ligo?”

Esse questionamento pode ser muito frequente para outros profissionais, que não são da área elétrica mas precisam realizar um serviço que se requer a utilização de uma ferramenta eletromecânica.

Um bom exemplo, são profissionais que trabalham com alvenaria, madeira, gesso, dentre outros fora do seu espaço de trabalho (serviço externo).

Para isso, é simples: não precisa ficar no “achismo”

Pegue seu multímetro (os equipamentos mais simples giram em torno de R$ 10,00 à R$ 25,00) e faça o teste conforme segue abaixo.

1. Primeiramente, precisará adquirir um MULTÍMETRO

2. Ligar o multímetro na escala de tensão alternada

O “V” representa a tensão e o “~” significa que procuramos sinal alternado, exatamente como o que está em nossas tomadas. Devemos utilizar a maior escala para evitar possíveis problemas.

3.Posicionar as pontas de prova nos lugares corretos

4. Fazer a medição do potencial da tomada, nos polos das extremidades

De acordo com o valor mostrado, você terá se certificado se a tensão é apropriada para o equipamento que se quer utilizar.

Por que Fazer Aterramento Elétrico na Instalação Elétrica?

DICA 2 – Não erre na cor e no ângulo quando for comprar sua lâmpada

Há muitas pessoas que se enganam no momento da compra da sua lâmpada: ficam de olho apenas na potência dela (medida em Watts) e esquecem-se de fatores importantes como TEMPERATURA DE COR e FACHO DE ABERTURA.

1.TEMPERATURA DE COR

É uma escala que relaciona TEMPERATURA e COLORAÇÃO: quanto mais próxima a coloração do branco, mais alto é o seu valor. Essa informação vem logo na embalagem da lâmpada com a unidade em KELVIN “K”. Confira abaixo a escala e a referida cor…

2. ÂNGULO DE ABERTURA

É como o raio de luz vai ser emitido (se terá um ângulo de abertura maior ou menor)

OS FACHOS DE ABERTURA MENOR São mais indicados para destacar um ponto específico no ambiente Ex. As lâmpadas em tetos rebaixados (sanca) por exemplo, ou uma arandela).

OS FAXOS DE ABERTURA MAIOR

São mais indicados para iluminação do ambiente como um todo, para a atingir a sua totalidade ou a sua maioria com iluminação.

Ex. A iluminação de uma área de leitura como uma biblioteca.

Obviamente, que para um cálculo mais preciso, a luminotécnica utiliza diversos outros conceitos, como reflexão de diferentes materiais e diferentes cores, o tipo de lâmpada, definição de pontos áreas e eficiência luminosa.

Mas o ângulo de abertura já vai te dar uma boa noção.

DICA 3 – Nunca deixe o neutro no interruptor

Você profissional ou amador, já se deparou com alguma situação onde você ou outra pessoa tomou choque ao fazer um processo simples como a troca de uma lâmpada?

Algumas vezes por descuido, achando que desligando o interruptor, já estaria seguro: mas o “profissional” que fez a instalação esqueceu que É A FASE QUE DEVE SER SECCIONADA, E NÃO O NEUTRO!

1. Ao realizar a manutenção em circuitos de iluminação desconhecidos (ou que não tenha o projeto), que se faça o teste se DE FATO, se o circuito da iluminação está seccionado no interruptor

a) Para isso, uma das formas mais seguras é utilizando um multímetro para verificar se há ou não tensão

b) Outra forma, um pouco mais simples é utilizando a CHAVE DE TESTE onde você insere no seu ponto metálico e na ponta da chave inserir seu dedo polegar

I) Havendo a presença do condutor fase, ACENDERÁ

II) Havendo a presença do condutor neutro ou outro condutor, NÃO ACENDERÁ

2. Ao realizar a instalação de uma nova lâmpada, CERTIFICAR-SE de que a fase está sendo seccionada

NOTA IMPORTANTE: Lembrando, que a fase é um condutor carregado e com potencial, e pode causar acidentes. Já o neutro, é um condutor carregado e sem potencial (se as cargas no circuito forem equilibradas).

Portanto, em nenhum deles deve haver o contato com as mãos, mesmo no neutro. Mas a chance de ocorrer um acidente tocando no neutro é muito menor do que no condutor fase.

COMO DEVE SER REALIZADO O PROCEDIMENTO COM CHAVE DE TESTE

A seguir segue os modos CORRETO e INCORRETO de se ligar um circuito de iluminação.

DICA 4 – Coloque o neutro no lugar correto no receptáculo/plafon

Ainda como uma forma de “dupla segurança” ou “redundância”, existe um ponto certo em que a fase deve ser colocada em receptáculos do tipo E-27.

A FASE no receptáculo fica na parte isolada, e, portanto, totalmente fora do alcance do usuário ou profissional ao trocar uma lâmpada. Dessa forma, garante-se a segurança da instalação e de quem for realizar a manutenção.

O NEUTRO deve ser colocando neste ponto, que é justamente a parte metálica mais exposta, onde alguém pode ter contato ao trocar uma lâmpada.

A FASE deve ser colocando neste ponto, que está isolado, e que fará contato com o ponto mais distante da lâmpada, diminuindo drasticamente possíveis acidentes.

NOTA IMPORTANTE: Obviamente, que as boas práticas falam que mesmo uma troca da lâmpada precisa desligar seu circuito e o interruptor, mas no caso de um “desavisado” fizer procedimentos incorretos, não irá ocorrer nenhum acidente.

DICA 5 – Quando o disjuntor do chuveiro fica desarmando…

“O disjuntor do meu chuveiro fica desarmando. Vou colocar um disjuntor MAIOR!”

Muitas das vezes podemos ouvir esse tipo de afirmação. Saiba agora que essa afirmativa, na maioria das vezes está INCORRETA.

RISCO DE INCÊNDIO

Se o disjuntor desarma, é por que ele está funcionando corretamente (o grande problema é pegar fogo na instalação e o disjuntor não atuar). Sendo assim, trocá-lo pode colocar em risco toda sua instalação é até mesmo deixa-la a mercê de um incêndio.

JAMAIS TROQUE O DISJUNTOR APENAS PARA MANTER O CIRCUITO FUNCIONANDO.

O QUE FAZER ENTÃO?

  1. Verificar se os cabos para o circuito do chuveiro estão EXCLUSIVAMENTE ALIMENTANDO O CHUVEIRO. Esse tipo de circuito não pode ser compartilhado com lâmpadas e tomadas.
  2. Verificar se houve substituição do chuveiro. Se a potência do novo chuveiro for superior ao anterior, possivelmente os cabos deverão ser redimensionados.
  3. Em caso de não substituição do chuveiro, verificar a necessidade de troca de cabos por mau dimensionamento.
  4. Emendas de cabos mal feita. Emendas  de cabos podem fazer a potência se perder, e aumentar excessivamente o consumo, portanto elevar a corrente do circuito.
  5. Distância muito grande entre o quadro e o chuveiro. Isso faz com que se crie um resistência alta nos condutores, o que leva a necessidade de recalculá-los.
  6. Excesso de cabos nos conduítes e/ou eletrodutos. Existe um número máximo para ocupação de um eletroduto, além de que o excesso de cabos pode causar as mútuas, “roubando” a energia e aumentando a corrente elétrica.

DICA 6 – Se sua emenda for feita destas maneiras, ela vai durar a vida toda

Quando, na fase de execução de um projeto, o comprimento do condutor não for suficiente para chegar na carga nominal, ou quando por algum motivo o comprimento do cabo não for suficiente, é necessário então o seu prolongamento através de EMENDAS.

EMENDAS São conexões realizadas com o cobre nu, ou seja, sem a isolação ou através de conectores.

Elas também são realizadas quando é necessário realizar uma derivação

Entretanto, existem formas corretas e incorretas de se fazer isso.

QUAIS SÃO AS FORMAS CORRETAS?

Existem basicamente 3 TIPOS DE EMENDAS DE CABOS convencionais, sem a necessidade de conectores. Entretanto, elas deve ser bem feitas, para que garantir uma boa conexão e que não venha a se soltar ao longo do tempo.

CONFIRA A SEGUIR QUAIS SÃO OS MÉTODOS EFICAZES DE SE REALIZAR UMA EMENDA ELÉTRICA.

1. CONEXÃO DE CONDUTORES EM PROLONGAMENTO I

Trata-se de uma emenda, onde junta-se dois cabos de modo a prolongar linhas elétricas. A sua utilização é recomendada quando um determinado condutor não possui comprimento suficiente para se chegar ao ponto final, e desse modo necessita-se prolongar o ponto.

  1. Remover o isolante dos condutores com 50 VEZES O DIÂMETRO dele

  1. Posicionar os condutores de modo a formar 90° entre eles. Eles devem se encontrar a uma distância de 20 VEZES O DIÂMETRO dele

  1. Segurar com um alicate de bico ou universal, e girar os fios de cobre sobre o primeiro, até que não sobre mais cobre

  1. Ainda segurando com o alicate, envolver o fio 1 com os cobres restantes

  1. Apara as pontas restantes para evitar-se furar a fita isolante

  1. Faça a soldagem dos condutores de modo a mantê-los mais conectados

  1. Envolva a emenda com a fita isolantes e SUA EMENDA ESTARÁ PRONTA E SEGURA!

2. CONEXÃO DE CONDUTORES EM PROLONGAMENTO II

Muito semelhante à do tipo I, a diferença principal é que é mais fácil de ser executada, porém ocupa um espaço maior em termos de emenda.

  1. Remover o isolante dos condutores; um com 20 E O OUTRO COM 10 VEZES O DIÂMETRO dele

  1. Posicione as extremidades juntas

  1. Divida cada condutor em duas partes (totalizando 4) e faça a sua união mantendo ainda duas partes

  1. Enrole cada uma das duas partes que sobraram em espiral. Corte as sobras caso houver.

  1. Vire o cabo maior em 180°, de modo a ele ficar de frente para o outro cabo

  1. Faça a soldagem dos condutores de modo a mantê-los mais conectados

  1. Envolva a emenda com a fita isolantes e SUA EMENDA ESTARÁ PRONTA E SEGURA!

3. CONEXÃO DE CONDUTORES EM DERIVAÇÃO

Esse tipo de emenda tem como objetivo unir o extremo de um condutor (ramal) em uma região intermediária (rede) para tomar um potencial elétrico.

  1. Remover o isolante dos condutores; o que será derivado com 12 VEZES O DIÂMETRO e o que irá derivar com 50 VEZES O DIÂMETRO

  1. Posicionar os condutores de modo a formar 90° entre eles

  1. Com o auxílio de um alicate de bico ou universal, girar os fios de cobre sobre o primeiro, até que não sobre mais cobre

  1. Apara as pontas restantes para evitar-se furar a fita isolante

  1. Faça a soldagem dos condutores de modo a mantê-los mais conectados

  1. Envolva a emenda com a fita isolantes e SUA EMENDA ESTARÁ PRONTA E SEGURA!

RESUMO

Agora você já sabe, quais são alguns dos principais macetes que o eletricista ou mesmo um amador de elétrica deve conhecer com propriedade.

Quando se deparar com essas situações, já sabe como proceder.

Poderia nos responder a uma pergunta simples?

“Você já viu um conteúdo como esse em algum curso que tenha esse conhecimento?”

Aqui na Sala da Elétrica vamos sempre além!

Todos os nossos cursos possuem conteúdos que vai te habilitar a trabalhar em um ambiente profissional.

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Victor Vitoriano

Sou formado no SENAI em Eletricista de Manutenção e Engenheiro Eletricista pela Universidade São Judas Tadeu. Participei da São Paulo Skills (Olimpíadas do Conhecimento) pelo SENAI Manoel Garcia Filho e na sequência iniciei os estudos em Engenharia Elétrica.

Passei por empresas na área de Manutenção Elétrica Industrial em Prensas e Injetoras de borracha, compressores e caldeiras.

Trabalhei também em centros de reparo especializados, gerindo processos de reparo nas empresas ASUS e SONY, participou de processos de gestão de ativos, na parte de Transformadores, Torres de Extra alta tensão, disjuntores e relés de proteção na empresa ISA CTEEP.

Adoro a Eletricidade, pois ela possibilitou uma nova era de revolução no mundo; Ter a oportunidade de passar esse conhecimento para alunos, é algo inexprimível.

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